O câncer de pele é o tipo de câncer que mais afeta homens e mulheres no Brasil e no mundo. De acordo com uma publicação do Ministério da Saúde, ele é mais frequente em pessoas com mais de 40 anos. É uma doença considerada rara em crianças e pessoas negras. 

Como sabemos, a doença surge em decorrência da exposição excessiva ao sol. E você deve estar se perguntando “em dias nublados, estou livre desse perigo?”. A resposta é: NÃO. 

Saiba por que nesta matéria. Confira!

Antes de tudo, saiba mais sobre o câncer de pele 

Esse tipo de câncer ocorre quando as células se multiplicam sem controle. A doença pode ser classificada em duas formas:

• Câncer de pele melanoma: tem origem nas células produtoras da melanina, substância que determina a cor da pele, e é mais frequente em adultos brancos;
• Câncer de pele não melanoma: tem baixa letalidade, porém seus números são muito altos. É o tipo mais frequente no Brasil, responsável por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados no país.

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Dados do câncer de pele no Amazonas

No primeiro semestre desde ano (2019), foram registrados na Fundação Alfredo da Matta, hospital de referência em dermatologia no Norte do Brasil, mais de 500 casos de câncer de pele. 

Em todo o ano de 2018 foram registrados 602 casos. Isso acende o sinal de alerta para a região, que é uma área com alta incidência de raios solares na maior parte do ano. 

Quais são os sintomas da doença?

Bom, o câncer de pele pode se parecer bastante com pintas, eczemas ou outras lesões consideradas benignas. Por vezes, pode ser confundindo com pequenos ferimentos ou mesmo uma coceira adquirida em contato com algum produto, por exemplo.

Mas é importante ficar atento a alguns sinais que podem indicar a presença da doença, tais como:

• Lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
• Um pinta preta ou castanha que muda de cor e textura e se torna irregular nas bordas, crescendo de tamanho com certa velocidade;
• Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramentos. 

Atenção: os sintomas citados acima são gerais. Existem outros sinais que variam de acordo com a área para onde o câncer avançou. Isso pode incluir:

• Nódulos na pele;
• Inchaço nos gânglios linfáticos;
• Falta de ar ou tosse;
• Dores abdominais e de cabeça;
• Outros sintomas. 

Uma pausa para o Dezembro Laranja

Nunca é demais reforçar a importância da prevenção do câncer de pele. E foi por isso que a Sociedade Brasileira de Dermatologia lançou a campanha Dezembro Laranja. Embora o mês seja um período do ano em que o sol se apresenta tímido, clima mais ameno, esta época também é perigosa. 

Muita gente acredita que o tempo nublado em grande parte do dia é sinal de que a radiação solar diminui os riscos à saúde. Não é verdade! Portanto, não é momento de deixar o protetor solar de lado, hein. 

Fatores de risco para o câncer de pele

Na verdade, qualquer pessoa pode desenvolver o câncer de pele. Mas aquelas com pele muito clara, como os albinos, pacientes com vitiligo ou que fazem tratamento com imunossupressores, por exemplo, têm mais sensibilidade aos raios solares. 

Um fato observado pelos médicos é que grande parte dos pacientes têm mais de 40 anos. Isso quer dizer que a doença pode surgir devido a doses cumulativas de banho de sol ao longo da vida. 

Fatores de risco

• Pessoas de pele clara, olhos claros, albinos ou sensíveis à ação dos raios solares;
• Pessoas com história pessoal ou familiar deste câncer;
• Pessoas com doenças cutâneas;
• Pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol;
• Exposição prolongada e repetida ao sol;
• Exposição a câmaras de bronzeamento artificial.

Como se prevenir do câncer de pele

Sabemos que o sol é fundamental para a saúde do corpo. Ele ajuda a produzir Vitamina D no organismo, fundamental para a manutenção dos tecidos. Especialistas indicam uma exposição de pelo menos 15 minutos diários, durante as primeiras horas da manhã ou no final da tarde.

Durante outros horários, algumas medidas de proteção precisam ser tomadas. Veja:

• Usar chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares;
• Cubra as áreas expostas com roupas apropriadas: camisas de mangas compridas, calças e um chapéu de aba;
• Evitar a exposição solar e permanecer na sombra entre 10h e 16h (horário de verão);
•  Na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta. As barracas de nylon são pouco confiáveis;
• Usar filtros solares diariamente, MESMO QUANDO ESTIVER NUBLADO;
• Utilizar um produto que proteja contra radiação UVA e UVB, com fator de proteção (FPS) de no mínimo 30. 
• Reaplicar o produto a cada duas horas ou menos durante as atividades ao ar livre;
• Observar a própria pele à procura de pintas e manchas suspeitas;
• Manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses;
• Ir ao dermatologista pelo menos uma vez ao ano para um exame completo. 

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